Antes de pintar as paredes das cavernas, o homem se enfeitou. Enfeitou-se tanto para ultrapassar a si mesmo e comungar da beleza do mundo, quanto para reafirmar seu pertencimento ao clã e sua posição dentro deste, reconstruindo continuamente os marcos de identidade e diferença que o sustentavam. Muda o universo, os clãs, mas não o jogo entre estes dois extremos, tampouco o papel que o adorno aí desempenha. No que o corpo exibe, pode-se ler o lugar que ele ocupa ou quer ocupar.